Boas práticas pelo Brasil - Artigo
Abaixo temos um texto interessante a respeito do uso da tecnologia em sala de aula na alfabetização, a professora utiliza os computadores do laboratórios e softwares para promover a integração de matérias.
A alfabetização é um momento fantástico de descoberta do
mundo para as crianças. Nesse período, somar recursos digitais às aulas
ajuda a tornar o ambiente interativo, lúdico e também muito atrativo. Débora Garofalo, professora de Informática Educativa do
1º ao 9º ano , na escola EMEF Almirante Ary Parreiras, localizada na
cidade de São Paulo, dividirá com vocês como associa as tecnologias ao
processo de alfabetização de seus alunos.
“Na EMEF
Almirante Ary Parreiras, as crianças dos anos iniciais aguardam ansiosas
pelo início da aula de Informática Educativa, que ocorre uma vez por
semana, em aulas de 45 minutos. Muitas vezes, sou parada na rua da
escola com a pergunta “Hoje tem aula professora? ”. Acompanhada dos
professores regentes, recebo os estudantes sempre na porta e com muitas
perguntas sobre quais atividades iremos realizar. É possível ver os
olhos deles brilhando com a espera de lidar com as tecnologias!
Sempre
converso e planejo as aulas com os regentes da sala para alinharmos o
trabalho para superar as dificuldades individuais e da turma. Após a
sondagem diagnóstica para identificarmos a hipótese de escrita de cada
estudante é hora de por a mão na massa, explorando os aspectos da
alfabetização e contribuindo de forma significativa com o processo de
aprendizagem. Sempre exerço o papel de mediadora. Promovo a interação
do aluno com a tecnologia, mudando a sua forma de aprender e a maneira
de lidar com elas, além de permitir o trabalho com a escrita e a leitura
e também com outras áreas do conhecimento, como Matemática, Ciências,
História, Geografia.
Costumo trabalhar com softwares
livres e plataformas gratuitas. Algumas possibilitam o trabalho também
off-line, o que facilita e não frustra as crianças quando existe algum
problema com o acesso à Internet ou com a rede na escola.
Os
jogos digitais têm um papel fundamental durante o processo de
alfabetização. Ao mesmo em que eles conseguem desenvolver a
concentração, o raciocínio lógico e a colaboração entre as crianças,
incentivam a leitura e a escrita. O ato de jogar exige uma movimentação
mental e, em muitos momentos, a criança tem que colocar em prática o
aprendizado adquirido para avançar pelas fases, testando hipóteses,
explorando sua espontaneidade e criatividade. Os jogos não são apenas
uma forma de divertimento, são meios que contribuem e enriquecem o
desenvolvimento intelectual, construindo através da experimentação uma
transição entre o mundo real e o mundo imaginário, além de favorecer a
apropriação e interpretação dos recursos linguísticos primordiais a
alfabetização
Procuro estimular através do jogo
digital a colaboração na aprendizagem como observar, identificar,
conceituar, relacionar, diferenciar e inferir, observando nos alunos a
construção de novos saberes e também de saberes adquiridos na sala de
aula.
Compartilho com vocês dois programas que costumo utilizar com os alunos para trabalhar:
Plataforma Pé de Vento, disponível no Educopédia:
insere o aluno em um ambiente de aprendizagem e propõem uma aventura
gamificada. O jogo é um grande caça ao tesouro e, conforme o jogador
avança nas atividades, são apresentadas a ele personagens e histórias.
Sempre procuro nesta plataforma aproximar o virtual e o concreto. Por
exemplo, na plataforma existe animais, como o sapo. Faço perguntas
provocadoras aos alunos, como:quem já viu um sapo? Como ele é? Como é
sua cor? Onde ele vive? Quais letras utilizamos para escrever sapo?
Quais outras palavras que começam com S? Como é o Som do S? A plataforma
é um facilitador por não precisar da Internet. Ela pode ser baixada e
trabalhada off-line. Costumo agrupar as crianças com dificuldades com
crianças que não possuem tanta dificuldade, respeitando a hipótese de
escrita, para que as crianças avancem, incentivando a colaboração,
promovendo trocas e facilitando o aprendizado. Tenho o hábito de realizar um diário de bordo de voz, usando o programa Audacity,
que tem a função de gravar a voz. Desse modo exploramos a oralidade,
uma vez que as crianças devem registrar o que mais gostaram na aula e na
atividade. Desta forma também consigo realizar uma avaliação da aula e
trocar informações com os docentes
Brincando com o Ariê:
o leãozinho Ariê guia as crianças em brincadeiras em que, além de
associar as palavras a objetos, as crianças trabalham o nome próprio e a
coordenação motora. O programa tem várias fases e, em algumas delas, a
Matemática também está presente. Neste programa, o jogador é convidado
no início do jogo a inserir o seu nome. Nessa hora, aproveito para
explorar o nome próprio com os alunos do 1º ano e também enfatizar a
letra com a qual se inicia, faço provocações, como: Quem sabe escrever o
nome? Em roda com as crianças, trabalho a parlenda “Se eu fosse um
peixinho”, quem for chamado tem de encontrar no meio da roda a ficha com
o seu nome e ficar com ela para iniciarmos o jogo no computador , uma
brincadeira que desperta a oralidade, imaginação e a criatividade e
aproxima as crianças das tecnologias, dando os primeiros passos na
leitura e na escrita, tudo isso em forma de experimentação.
Quando anuncio o final da aula, costumo ouvir um sonoro “ahhhh” e um “ehhhh” quando anuncio que na próxima semana tem mais".
Esse texto foi retirado: https://novaescola.org.br/conteudo/4854/blog-tecnologia-como-as-tecnologias-contribuem-para-o-processo-de-alfabetizacao
Comentários
Postar um comentário